Está tudo bem não estar tudo bem

Já estamos em quarentena, lockdown, pandemia há um ano e meio e, apesar de parecer que falta pouco para terminar já que a vacinação segue acontecendo, estamos todos preocupados e exaustos. Fugir das notícias pode ajudar um pouco, mas não poder sair quando quisermos nos faz relembrar do momento que estamos passando.

Há pessoas desempregadas e passando fome, mas também há bilionários ganhando ainda mais dinheiro nesse caos. E há nós, que temos a sorte de poder trabalhar em home office em tempo integral, que apesar desse caos “lá fora”, na nossa bolha, as coisas seguem acontecendo, tudo “normal”.

Mas não estamos em tempos normais. Estamos no meio de uma pandemia de um vírus que está se tornando cada vez mais perigoso com o descontrole da situação. E nem estou mencionando o caos político brasileiro. Tudo isso, somado com a pressão de produzir e entregar os jobs “normalmente”, pode causar uma exaustão mental e, às vezes, até física, em casos de crianças dentro de casa, que não deve estar sendo nada fácil.

O corpo manda, quer a gente queira ou não. Se a cabeça não funciona direito, não consegue se desligar totalmente de tudo que está acontecendo e as preocupações continuam rodando ali em segundo plano enquanto a gente vai fazendo o que precisa ser feito. Isso quando não acontece alguma tragédia pessoal, porque aí é que a concentração vai pro brejo mesmo.

Nesse momento atípico, precisamos fazer um esforço para continuar trabalhando normalmente, mas a produtividade vai cair sim, não tem o que fazer a esse respeito. O importante é planejar as tarefas para, naqueles momentos de maior concentração e de maior tranquilidade, tentar acelerar um pouco mais nessas horas e não se enrolar nos prazos.

Está tudo bem não estar tudo bem, todos somos fortes até determinado ponto. Hoje precisamos cuidar da nossa saúde mental também, ela é fundamental para a nossa criatividade. Faça pausas, respire, tudo isso vai passar.

Ilustração ‌de‌ ‌capa‌ ‌por‌ Gê Costa.

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