5 dicas para evitar correções em jobs

Ter uma clientela farta é algo que todos adoramos e precisamos, afinal é isso que nos sustenta e motiva a continuar trabalhando. Mas todos sabemos que uma das etapas mais cansativas do processo com clientes são as correções. Nem todo projeto é perfeito, e alguns exigem paciência e flexibilidade até que sejam aprovados. Isso não é raro, mas é contraprodutivo.

Mesmo assim muitas correções podem ser evitadas – principalmente aquelas que tendem a ocorrer tardiamente – com planejamento e comunicação. Vamos a cinco dicas para evitarmos revisões desnecessárias.


1 – Dê direção ao projeto

Alguns clientes são ótimos em dizer o que querem, outros nem tanto. Nós, no entanto, devemos ser muito claros no queremos, podemos e faremos. Então, se o cliente não provê um brief claro, faça isso você mesmo.

Existem inúmeras coisas que um brief deve cobrir, e aqui vão algumas delas:

  • Comece com a timeline de produção e prazo de entrega. Isso é muito importante, pois assim o cliente terá clareza sobre produção e entrega, e você terá tempo para futuras correções. Isso também ajuda a manter o cliente no cronograma.
  • Colete tudo que diz respeito à arte, referências e possíveis direções estéticas do projeto, fechando um roteiro seguro para ambos (cliente e prestador). Isso previne que surjam revisões nos âmbitos mais críticos de um projeto: roteiro e design. Se mesmo assim acontecerem correções nesses aspectos, você poderá exigir mais tempo para realiza-las, já que a direção estética e roteiros foram aprovados anteriormente.
  • Tente compreender claramente a visão do cliente sobre o projeto em jogo. Isso dará certeza de que estão trabalhando no “mesmo projeto”, com o mesmo objetivo em mente. Se um cliente permite começarmos um projeto sem uma direção clara, isso é meio passo para possíveis revisões drásticas no caminho, não importando o quão bom é o material.

2 – Disponibilize prévias do projeto

Não importa o que achamos sobre disponibilizar prévias, elas podem ajudar muito. De certa forma, ninguém gosta de mostrar trabalhos incompletos, pois temos a sensação de que o cliente pode não entender. E isso é verdade por um lado: clientes tendem a ter dificuldade de visualizar a ideia inacabada de determinadas coisas, mas podemos ajuda-los a entender.

Prévias podem auxiliar a acertar o tom do projeto de maneira geral. A ideia não é que o cliente compreenda que aquilo é lindo – pois não é -, e sim que ele se sinta seguro de que a visão pré-estabelecida foi mantida, mesmo que de maneira embrionária. Com a aprovação de algumas prévias, é mais fácil seguir adiante e lapidar o projeto da maneira que bem entender.

Só tenha certeza de comunicar ao cliente que uma prévia é uma prévia.

3 – Conheça o chefe

O maior problema com correções, na maioria das vezes, é que elas são feitas/pedidas por pessoas erradas na pipeline. Não é raro que brotem do nada um monte de “entendidos” para revisar seu projeto e isso pode virar o caos.

Tenha certeza de conhecer e saber quem dá a palavra final na aprovação do material, bem como saber que essa pessoa acompanha o projeto.

Isso não permite que se caia na velha situação de fazer uma correção exigida por não-sei-quem e depois desfazê-la, pois o chefe de verdade não havia visto, aprovado ou pedido tal alteração.

4  – Limite o escopo

Quando o orçamento for aprovado para determinado projeto, seja muito claro no que esse orçamento cobre. Diga o número máximo de correções permitidas, o tempo de produção e até mesmo possíveis imprevistos.

Se formos claros quanto ao que o cliente está pagando desde o início, fica mais fácil cobrar um extra caso as coisas saiam do controle.

Sempre que puder, defina os itens que podem causar esse pagamento extra, assim o cliente estará consciente quando pedir tais coisas e for cobrado à parte.

5 – Contrato

Tudo o que falamos até agora é maravilhoso quando conversadas com o cliente, mas facilmente esquecidas no momento seguinte. Então, previna-se e crie um contrato simples, especificando absolutamente tudo o que puder no papel e peça ao responsável que assine.

Isso parece óbvio, mas já vi clientes suarem frio quando falamos em contratos, o que é muito estranho tendo em vista que o documento resguarda não somente os artistas envolvidos num projeto, como também o próprio cliente em suas exigências.

No cenário ideal, o contrato será apenas um lembrete para que ambas as partes cumpram um acordo de cavalheiros, sem exageros de nenhum lado. Na pior das hipóteses, o contrato pode salva-lo de uma ação legal.


A maioria dos clientes são pessoas sérias que não brincam em projetos. Todos temos o mesmo objetivo que é entregar o melhor produto final, mas a falta de comunicação e informação podem levar a sérias revisões e desentendimentos desnecessários.

 

Fonte:  Motionarray

 

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