A busca pela Produtividade pode gerar um paradoxo interessante, onde produzimos muito e, ainda assim, não somos produtivos.

A ideia de sermos produtivos não é nova, e no campo criativo é bom que sejamos assim para progredir em nossos projetos. Para isso, investimos tempo em ideias de workflows organizacionais, realizamos reuniões para garantir que estamos colaborando de modo eficiente e fazemos inúmeras listas de tarefas.

Mas há uma armadilha que devemos evitar na busca pela produtividade: mais produção não é igual a mais produtividade. Aqui, explicamos o Paradoxo da Produtividade, e por que produzir mais nem sempre é uma coisa boa.

A Produtividade per se

De relance podemos dizer que produtividade é uma medida de eficiência. É sua taxa de entrega (o que você alcança), por unidade de entrada (tempo, custos, recursos, etc.). É um determinante fundamental da eficiência de custos em um negócio. Em suma, produtividade significa fazer mais no tempo/custo/recurso que temos.

Isso sugeriria, então, que quanto mais tarefas completarmos, mais produtivos seremos. Assim, naturalmente, as equipes se concentram em sua produção – em completar o máximo de tarefas que puderem -, e por isso são atraídos por dicas, conselhos e hacks que alegam aumentar a produtividade num âmbito geral.

E aqui reside o Paradoxo da Produtividade.

O Paradoxo da Produtividade

O problema é que essa perspectiva de produtividade ignora um ponto-chave: a verdadeira produtividade não é apenas sobre a quantidade do que é feito; é sobre a qualidade e o valor das tarefas que você completa.

Em outras palavras, às vezes, produzir mais não é bom e não significa que você tem sido produtivo. Na verdade, é possível que, na busca da produtividade, nós nos sobrecarreguemos em vez de completar qualquer coisa que valha a pena.

A toca do coelho

A internet está cheia de dicas, conselhos e métodos que afirmam aumentar a produtividade. Mas seguir esses atalhos raramente ajuda. Muitas vezes, acabamos gastando nosso tempo organizando tarefas em listas, planilhas, gráficos e assim por diante – em vez de realmente completá-los. Nesse sentido, tudo o que fizemos foi criar mais trabalho para nós mesmos.

Então, há o trabalho mecânico (aquele que é contrário ao criativo). São tarefas rápidas para completarmos – ou que parecem ter valor – e, portanto, nos fazem sentir como se estivéssemos sendo produtivos (pense em reuniões e e-mails sobre como colaborar melhor, por exemplo).

Mas tarefas mecânicas não contribuem para os objetivos principais do nosso trabalho, e por isso não têm tanto valor. Como resultado, não somos tão produtivos quanto pensamos.

É irônico, pois estamos tão ocupados perseguindo a produtividade que temos pouco tempo para sermos produtivos. O trabalho maquinal e os hacks de organização levam a muitas tarefas concluídas, mas pouco ou nenhum progresso. E, em alguns casos, mais trabalho atribuído do que quando começando.

Qualidade acima de quantidade

Então, qual é a solução? A qualidade do que produzimos. Na busca por produtividade, a ênfase deve ser na qualidade, não na quantidade; e por vezes isso muda sem percebermos.

O valor é o ingrediente central da produtividade. As tarefas que completamos precisam ter algum valor para nossos objetivos finais, para que nosso tempo seja bem gasta. Precisamos ter certeza de que o que produzimos não nos faz funcionar.

Na busca pela produtividade, precisamos de mais qualidade, mais eficiência e, consequentemente, mais crescimento.

Automação pode ajudar?

O problema é que as pequenas tarefas ainda podem ser obstrutivas. Elas precisam ser feitas, e nossa tarefa é mantê-las sob controle. Precisamos colaborar com outras pessoas, organizar e-mails, reuniões e garantir que tudo seja entregue.

Implantar processos de automação é uma boa maneira de reconhecer as tarefas de maior valor. Muitas vezes, tarefas produtivas são as que a automação não é adequada; ou seja, aquelas que envolvem decisões detalhadas e resoluções flexíveis de problemas. A automação, por sua vez, é ótima para lidar com distrações.

Além disso, a automação permite que nos libertemos das pequenas coisas, então, há menos necessidade de gastar tempo “produtivamente” organizando suas listas de tarefas.

Evite o Paradoxo da Produtividade

É fácil cair na toca do coelho da produtividade; cair no sentido de produtividade simplesmente porque completamos muitas coisas em nossa lista de afazeres.

Um ingrediente-chave para a produtividade é o valor. Quanto mais tempo podemos gastar em tarefas valiosas, mais produtivos podemos ser.


Traduzido e adaptado de Productivity paradox: why more output isn’t always a good thing | Think Automation

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