Em nossa área não importa qual sistema operacional você usa, tampouco rixas entre fanboys de marcas. O que importa está sob o capô: potência, desenvoltura e equilíbrio em tarefas geralmente pesadas. Pois é. Tendo isso em conta, parece que a máquina mais robusta da Apple, o Mac Pro, está envelhecendo rápido. Apresentado em 2013, o Mac Pro foi o desktop topo de linha da época. Parecia requintado com sua forma cilíndrica elegante ostentando novos recursos como portas Thunderbolt, últimas CPUs, GPUs e memória NVMe. Além disso, ele foi um sinal de que a Apple não tinha abandonado o mercado da computação profissional (isso se ignorarmos o Final Cut X). O mais recente Mac Pro foi um alívio para aqueles que clamaram por uma atualização da versão mais antiga do computador, cuja última recauchutada foi em 2010.

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Ele é elegante, ele é parrudo, mas…

Mas o Mac Pro está ficando atrás da concorrência. Com as novas e poderosas estações de trabalho da Lenovo, Dell e HP, que carregam tecnologia superior, o queridinho da Apple não está aguentando. Empresas de PCs estão travando uma campanha ativa para seduzir usuários do Mac Pro, trazendo-os para Pcs Windows que têm melhores CPUs, GPUs, memórias e, claro, custo benefício.

Entre as poderosas máquinas Windows estão as  workstations Z da HP e as Precisions da Dell. Essas últimas podem ser configuradas com chips Intel Xeon E5-2600 v4, que têm até 22 núcleos. Duas GPUs Quadro NVIDIA M6000 em uma configuração SLI podem proporcionar desempenho gráfico ridículo. O desktop ainda suporta memória DDR4, e há vários slots para SATA, SAS  e NVMe (memória não volátil) de armazenamento SSD.

Em comparação, o Mac Pro suporta chips Intel Xeon E5 de até 12 núcleos, com base na mais velha microarquitetura Ivy Bridge, que começou a ser comercializada no último trimestre de 2013. O desktop tem modelos mais velhos de GPU AMD FirePro e memória DDR3. As portas Thunderbolt 2 também estão desatualizadas, e a Thunderbolt 3 é duas vezes mais rápida, com taxa de transferência de dados de 40 Gbps.

O Mac Pro ainda é uma máquina rápida, mas profissionais criativos querem hardwares mais recentes e melhores. Ele é comparável a workstations de baixo custo. – Bob O’Donnell, analista da Technalysis Research

O’Donnell ainda comenta que “o ambiente de trabalho dos Macs é adequado para aplicações de engenharia e edições de vídeo, mas computadores mais rápidos permitirão aos profissionais criativos se envolverem com tecnologias mais recentes como VR. VR é um nicho de emergente, e as estações de trabalho precisarão de mais potência para a computação virtual.”

O fundador da Oculus – Palmer Luckey -, disse que o suporte ao Rift viria para Macs se a Apple lançasse “um bom computador” para lidar com conteúdo estereoscópico. Os Óculos VR requerem CPUs e GPUs topo de linha .

O’Donnell também sugeriu que a Apple poderia optar por mesclar o Mac Pro com o iMac. Não é uma ideia sem precedentes: em 2010, a Apple matou sua linha de produtos Xserve e forneceu um guia para os usuários de transição para o Mac Pro ou Mac Mini.

Mas o usuário paciente pode se dar bem. Se a Apple tiver interesse em atualizar o Mac Pro, algumas tecnologias inovadoras poderiam coloca-la léguas à frente dos rivais Windows. A Intel está produzindo as memórias SSD Optane super-rápidas, que virão para desktop high-end e workstations ainda este ano. Ela afirma que o Optane, que  é baseado em uma tecnologia chamada XPoint 3D, é mil vezes mais rápido e durável do que o armazenamento flash NAND.
GPUs mais rápidas também estão a caminho. A Apple mostrou uma afinidade para processadores gráficos AMD, que planeja lançar GPUs baseadas em sua arquitetura Polaris ainda este ano.

“A Apple poderia atualizar o Mac Pro apenas para desbancar os rivais Windows. Não existe esse negócio de “bom o suficiente” em desktops high-end como o Mac Pro, e é melhor a Apple acordar”. disse O’Donnell.

Agora um minuto de silêncio para imaginarmos o preço desse suposto Mac Pro nas terras de cá.

Fonte: Digital Arts

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