Clientes “from hell”

Todos deveríamos acompanhar as postagens incríveis que o @thechrisdo faz em suas redes. Ele é o fundador do The Futur, um canal que produz conteúdos e cursos sobre design e negócios.

Recentemente, Chris Do postou um conteúdo sobre clientes “malditos”, o que ele chama de “Clients from Hell”. Este artigo é uma tradução livre desta postagem.

Apesar de irônico, acredito que este post mereça um artigo aqui no Layer porque nos ajuda a identificar logo no início se um cliente tem grandes chances de nos trazer dor de cabeça no futuro. Identificar esses perfis pode nos salvar de grandes roubadas. Clientes difíceis devem ser evitados a não ser que eles representem um faturamento muito expressivo e significativo. Vamos a eles:

“Comprometimentofóbico”

Estes clientes são ansiosos para iniciar o trabalho mas dão um passo atrás quando falamos em pagamento de 50% adiantado. É o medo de se comprometer com o pagamento. A frase que eles mais usam é: “Eu entro em contato com você depois” – e depois disso, somem.

Cliente “é muito simples”

Menospreza o trabalho que ele está demandando. Diz coisas como “é só fazer…”, “uma edição simples”, “é bem rápido”, “o que eu preciso muito fácil”. Muitas vezes eles não têm a menor ideia de como as coisas são feitas e insistem que são “moleza”.

Promessas vazias

Este cliente quer trocar seu trabalho por exposição, por possíveis oportunidades futuras ou para te indicar para outros clientes. Usam isso para abaixar seu preço ou, até mesmo, pedir o trabalho de graça. “Eu vou te pagar muito bem na próxima vez, mas agora meu orçamento é pequeno…”.

O adulador

Cliente que faz vários elogios ao seu trabalho e te coloca como um especialista, mas então, quando você dá qualquer opinião ou direcionamento, ele simplesmente desconsidera e ignora.

Homem de família

Ele tem familiares que são artistas incrivelmente talentosos, incluindo um sobrinho que poderia fazer o trabalho pela metade do seu preço. “Eu conheço alguém que poderia fazer isso por menos”.

Indeciso

“Eu saber que é o que eu quero quando eu vir”. Este tipo de cliente não sabe bem o que quer. Normalmente ele traz uma segunda opinião de alguém aleatória, o que o influencia totalmente e até o faz mudar de ideia.

O fazedor por conta própria

“Eu poderia fazer isso eu mesmo, mas eu não tenho o Photoshop. Você poderia fazer, então, já que tem o programa instalado”.

Viajante no tempo

O trabalho é para ontem! Sempre tem pressa. Provavelmente este cliente é um grande procrastinador e tem um péssimo gerenciamento de tempo e de projetos. A emergência dele se torna a sua emergência.

Mestre das marionetes

Clientes super controladores. Podem ter transtorno obsessivo-compulsivo. Quer fazer parte de todo o processo o tempo todo. E costuma se extremamente perfeccionista.

Pechinchador

Sempre tentando conseguir de você o menor preço possível. Tem um tempo abundante para pesquisar outros profissionais e escolher o mais barato de todos. Vai pechinchar mesmo se o preço for baixo.

O moderninho do hype

Usa muito vocabulário “descolado” e que está na moda, como “global”, “épico”, “nunca-antes-visto”, “revolucionário”, “viral”, “quente”, “mudança de paradigma”, “culturalmente significativo”, “transformador”, “disruptivo” e “sustentável”.

Neo do Matrix

É famoso por se esquivar de perguntas diretas e dão respostas vagas e inconsistentes para elas. Não te dá informações que são vitais para que você faça um bom trabalho.

Pedidores de descontos por primeiro trabalho

Nunca trabalhou com você antes mas, imediatamente, te pede para cobrar um preço mais baixo já que ele ainda está “te testando”.

Designer frustrado

Criativo frustrado que costuma trabalhar no departamento de “design” de alguma empresa grande. Age como se fosse um Diretor de Arte, apesar de não ser. Sempre dá sugestões ruins e faz ofertas inúteis.

Sugador de tempo

Parece muito interessado e curioso. Faz muitas perguntas hipotéticas usando o “e se?”. Três reuniões depois ele continua fazendo perguntas.

Cliente espelho

Quando perguntamos “o que você precisa?” ele geralmente responde com: “Você é que precisa saber. Você é o profissional. É por isso que estou te contratando.”

Por fim, uma dica para lidar com os clientes. Responda educadamente que você não é a pessoa certa para aquele trabalho, e que o cliente merece alguém mais adequado. Seja firme e emocionalmente desprendido. Lembre-se que são apenas negócios.

A capa deste artigo é parte da ilustração de Thomas Jeff.

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