Como tirar o máximo de um curso on-line?

O título deste artigo é uma pergunta sem resposta certa. Não creio que exista uma maneira indiscutivelmente melhor para se aproveitar um curso on-line, afinal, cada pessoa gosta de aprender de um jeito. Mesmo assim, pode ser muito útil discutir sobre as diferentes práticas que as pessoas adotam para aprender.

Durante a quarentena, os cursos on-line tem ganhado prestígio, mas para a comunidade criativa eles sempre foram muito presentes. Aproveitar ao máximo o conteúdo é muito importante pra fazer valer nosso suado dinheirinho quando pagamos por um curso.

Basicamente, existem três diferentes maneiras que, claro, podem variar de acordo com o formato do curso. Seriam:

1. Você assiste uma aula inteira e depois tenta replicar o que foi ensinado no final. Assim você testa se realmente absorveu o que foi ensinado.

2. Você faz tudo junto com o professor, então, a cada passo (ou sequência de poucos passos) você para o vídeo e faz a mesma coisa que acabou de ver.

3. Assistir o curso inteiro e, depois de ver tudo, tenta executar o que aprendeu.

Com certeza existem mais abordagens e até mesmo dezenas de variações destas. Mas eu vou contar um pouco da forma que eu encontrei para estudar e que acredito ser a mais eficiente (pra mim, claro!). Ela se aproxima mais da terceira opção que descrevi.

A maioria dos cursos ensinam técnicas ou processos. Por isso, eu considero essencial que eu tenha uma ideia muito clara do “todo”, antes de aprender os detalhes. Assistir ao curso “picado”, pedacinho por pedacinho, torna difícil visualizar a “big picture”. Portanto, eu sempre assisto a pelo menos uma unidade inteira, sem executar o que está sendo ensinado mas sempre anotando as principais etapas!

Na anotação é onde eu considero que está o “pulo do gato”! Primeiro e mais importante: não vale anotar em seu computador digitando, precisa escrever a mão! O processo de escrever ajuda o cérebro a memorizar o que está sendo escrito muito mais eficientemente que teclando. Já ouvi pessoas dizendo que, depois que você anota os principais pontos de uma aula, você pode até jogar fora as anotações, porque o simples fato de escrever em um papel, ajuda seu cérebro a absorver aquele conhecimento.

Anoto cada passo que aprendo, enumerando a sequência de ações e escrevendo nas bordas do caderno algumas dicas que considero importantes. Esta anotação tem que funcionar como um mapa mental. Nela eu, inclusive, desenho os símbolos dos ícones que preciso clicar, janelas do programa, tudo de maneira esquemática, o que é muito útil para memorizar. Não é preciso escrever textos enormes, replicando tudo o que o instrutor está dizendo. Acredito na anotação de tópicos curtos, mas que representem bem o processo geral que está sendo ensinado.

Pauso o vídeo frequentemente para fazer anotações, mas não ponho a “mão na massa”. Só depois de assistir uma etapa inteira do conteúdo e de desenhar o meu “mapa”, é que começo a criar algo com aquele conhecimento.

Gosto de criar projetos pessoas para cada curso, sem tentar copiar exatamente o exercício do professor. Assim aquele curso também dá origem a projetos para portfólio. Se, na execução, eu ficar perdido e esquecer de alguma coisa, recorro às minhas anotações em busca da solução. Caso não encontre, volto e assisto a aula novamente.

Eis minha maneira de fazer cursos online. E você? Como estuda?

A capa deste artigo, como não poderia deixar de ser, é de um exercício do Curso Motion Design Essencial.

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