MOTION PÓS-PANDEMIA

Na live do Mograph News da semana passada, a bancada do Layer Lemonade se reuniu para bater um papo sobre como suas rotinas de trabalho têm mudado com o passar da pandemia e como eles veem a maneira que o mercado está se adaptando até o momento. Segue neste artigo o resumo desse papo.

Um grande medo que surgiu no começo da pandemia para os profissionais de motion foi o de ficar sem trabalho. Com a gravidade da situação e o motion design não sendo um tipo de trabalho essencial para a sobrevivência humana, havia a possibilidade desses profissionais serem jogados para escanteio. Porém, apesar de muita gente ter perdido o emprego, foi observado que a maior parte dos profissionais começou a ganhar mais trabalhos. Por conta dos riscos das aglomerações surgiu a impossibilidade de produzir projetos de live-action, e com isso a demanda por projetos de motion e animação aumentou. O live-action continua sendo produzido em uma escala menor, apenas quando ele é absolutamente necessário, mas com equipes reduzidas e com protocolos de segurança rigorosos. Mas se tratando de linguagem, o motion design não substitui o live-action. Cada um tem sua identidade e sua maneira singular de passar a mensagem.

Sendo otimista, podemos estar no limiar da pós-pandemia devido a vacinação em curso. Mesmo que ainda não estejamos em um cenário favorável de segurança e imunização (até agora apenas 13% da população brasileira foi completamente vacinada), foi questionado na live se o motion irá voltar a ser como era no período pré-pandemia, como sendo um fator dentro de um contexto inteiro de produção, ou se manterá essa alta demanda que é observada no momento. O motion é uma área que já estava em constante crescimento antes mesmo da pandemia, então é provável que continue a crescer cada vez mais. Muitas pessoas que tinham apenas o live-action como opção tiveram que tentar outros tipos de produção como o motion, por necessidade e também por ser uma opção que se mostrou mais prática e vantajosa financeiramente para muitas empresas e pessoas.

Estúdios, produtoras, agências e etc. foram forçadas a aderir o trabalho remoto e muitas delas provavelmente continuarão com esse tipo de pipeline mesmo depois que a pandemia passar, por esse workflow ter se mostrado funcional e vantajoso em vários aspectos. Porém muitas empresas continuam com a mentalidade de que o trabalho presencial é melhor, que pode ter relação com uma necessidade de controle e supervisão da produção de maneira mais direta, e manterão o formato remoto somente até a situação se mostrar mais segura para que todos voltem a normalidade no local físico. Nem todas as pessoas são propícias ao trabalho remoto; algumas preferem e gostam de trabalhar presencialmente, seja pelo costume enraizado, pela companhia dos colegas ou até mesmo por não conseguirem trabalhar por conta própria, carecendo das cobranças e supervisão do chefe diretamente. Cada um tem seus motivos e preferências para com um ou outro modo de trabalhar.

É complicado para a empresa ficar à mercê da disponibilidade dos colaboradores que estão trabalhando remotamente. Tem gente que não responde de imediato quando é necessário e não entrega o trabalho nos prazos estipulados. Há pessoas que não conseguem ser produtivas fora do ambiente físico, assim como também há pessoas que são muito mais produtivas trabalhando sozinhas e online. É preciso trabalhar a organização da pipeline para que as distrações sejam reduzidas com a finalidade de a produtividade não decair. Esse ruído acontece também no trabalho presencial, mas no online ele pode tomar outra proporção. Então cabe a cada um definir a melhor opção para a produção poder fluir (que são inúmeras), pois cada equipe é composta por pessoas diferentes e que se adequam melhor a maneiras diferentes de trabalhar.

No final da live foi perguntado às pessoas do chat que acompanhavam ao vivo se elas estão interessadas em voltar a trabalhar presencialmente, depois que a situação voltar a ser favorável para isso, claro. A maioria esmagadora se pronunciou que não está interessada no trabalho in loco. Ao que tudo indica os profissionais dessa área estão preferindo trabalhar remotamente. E você? Qual é sua preferência? Deixe seu comentário com o seu posicionamento quanto a isso.


O Mograph News é realizado nas quartas-feiras às 16h (no canal do Youtube), feito pelos membros da staff do Layer Lemonade, que são profissionais que atuam na indústria de animação e motion design. As lives iniciam sempre com algumas notícias, vulgo rapidinhas, sobre as novidades do Layer Lemonade e da indústria de animação e motion design. Logo após, são lidos alguns comentários feitos nas postagens do Layer Lemonade nas redes sociais, e a bancada discute acerca deles, cada qual fazendo suas considerações. Há um assunto diferente em pauta a cada semana, sugerido pelo chat que acompanha ao vivo ou pela própria bancada. Os membros presentes nesse episódio foram: Dhyan Shanasa e Ester Rossoni (os Supernova Duo), Gui JorgeLouise Bonne, Pola Lucas e Rafael Arame.

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