Ser estranho é bom

Como diz a Pitty: Mesmo que seja estranho, seja você. Mesmo que seja bizarro, bizarro, bizarro. (Tu leu com a voz dela, né)

A área criativa é um conglomerado de pessoas estranhas que não se sentem estranhas. Uma pessoa muito criativa necessariamente não vê o mundo da mesma forma que pessoas ditas ‘comuns’, o desafio, o novo, o ‘não sei fazer, mas vamos aprender’ faz parte do nosso dia a dia, assim como café (que eu não gosto, então já sou estranha ao quadrado).

Só que como sou deficiente desde os seis meses, não conheço outra realidade que não seja ser estranha aos olhos de todos, pois não tive muito contato com outras pessoas surdas ao longo da vida, então ser aquela pessoa estranha sempre foi algo normal para mim e tirando algum bullying na escola, até que é legal ser diferente e isso ajuda muito no exercício da criatividade.

O motion pode ser mais do mesmo sim, devemos aprender também o que está em voga, o que vende hoje em dia, isso ajuda a pagar as contas e deixar os clientes satisfeitos, mas às vezes querem/queremos fazer algo diferente, aí o céu é o limite e tem muitos projetos pessoais e profissionais muito bons por aí.

Alguns dos que causam mais impacto percebo que são os mais estranhos possíveis, pois são animações que não fazem sentido, que nunca teríamos imaginado que pudessem ser produzidos, até que alguém foi lá e fez, por exemplo, as vinhetas da MTV.

E isso é muito interessante, expande a mente de quem observa esse tipo de animação, quem fez fica muito orgulhoso do resultado, brilha os olhos de quem quer entrar na área com essas possibilidades e no mínimo intriga os leigos.

Abrace o seu eu estranho aí dentro e o deixe brilhar.

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