Tudo em todos os lugares ao mesmo tempo é uma aula de minimalismo. Seis artistas VFX trabalharam em casa e criaram centenas de efeitos visuais impressionantes para uma louca aventura de ficção científica.

Equipe minimalista

Quando pensamos em produções by Hollywood, já pensamos em departamentos inteiros de VFX lotadas de artistas digitais. Contudo, o grande vencedor do Oscar foi pelo caminho inverso.

Uma equipe pequena de seis artistas insanos liderados por Zak Stoltz criou a maioria dos efeitos visuais em quase 500 tomadas! Os diretores Daniel Kwan e Daniel Scheinert escolheram a equipe porque queriam trabalhar com um grupo unido de amigos que pudessem se divertir e interagir juntos.

Tudo em todos e o Pretend VFX

Primeiramente, a Pretend VFX se enxerga como um coletivo de artistas aberto para trocar ideias sobre projetos em potencial. Dessa forma, o fato de ser um coletivo já reforça a ideia de um ambiente onde a criatividade é supervalorizada. A própria linguagem do longa já entrega tudo.

VFX com pegada analógica

VFX com pegada analógica

A ideia era fazer que o visual do filme fosse percebido como mais físico, mais prático (efeito pratico é aquele onde não existe intervenção digital) e mais fotográfico.

Para isso, a equipe de VFX usou truques visuais esteticamente trabalhados e bem sintetizados para parecer fotorreal, uma grande sacada. “Apresentamos CGI aos Daniels em C4D e Blender e conseguimos enganá-los fazendo-os pensar que era fotográfico.”

A maior conquista, segundo a equipe de VFX, foi pegar todos os elementos, efeitos práticos filmados no set, elementos de chroma key, pinturas foscas 2D, elementos 3D e tratá-los na pós para parecer que estavam todos sob a mesma lente, iluminadas, sombreadas e se movendo de uma maneira fisicamente plausível.

Os efeitos mais complicados

Os efeitos mais complicados

As cenas do bagel (uma espécie de donut, só que salgado) foram desafiadoras. Filmávamos elementos práticos e os testávamos em CGI para ver qual era o melhor. Fotografamos bagels reais em cordas pintadas de preto. O Blender foi usado para desenvolver a CG do bagel e o resultado foi uma grande surpresa porque parecia como se o tivéssemos fotografado. Detalhe, a equipe usou este tutorial para criar o objeto no Blender.

Além disso, eles usaram o Trapcode Shine para adicionar raios volumétricos de luz no templo do bagel e o Particular em algumas cenas para torná-las mais dinâmicas.

Há também a cena do confronto com o bagel onde há muito papel voando, papel prático que às vezes precisava passar bem perto do bagel, então foi usado o C4D para experimentar, configurar e renderizar certas folhas. 

E ai caros motionautas, já assistiram ao filme? E o que acharam dos efeitos? Deixem suas criticas aqui nos comentários!

Fonte das imagens – Maxon

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